domingo, 22 de julho de 2018

Minha homenagem ao VDC.

 Lá se vão três anos e meio de blog,  apesar de já circundar blogs de investimentos a um bom tempo.
Neste meio tempo fiz meu  blog que relatava as peripécias de  um ex operário simples com poucos recursos e que dispunha de uma vontade de investir a  parca poupança que acumulei em vida com objetivos claro e bem delineados de  viver do que mais gosto nessa vida até então, tocar piano. Apesar de estar na blogosfera a pelo menos  três anos e meio ,  faz pelo menos oito anos que estou nessa longa jornada da liberdade financeira.

Assim como nosso amigo VDC meu objetivo nunca foi se tornar o próximo billgates,buffet ou soros.  Lembro como se foste ontem. Após uns 5 meses na blogosfera  conheci o blogueiro VDC a qual tinha recém criado seu blog. Neste momento partilhamos muitas experiências feito amigos numa mesa de bar. Eu por já ter trabalhado numa das sub áreas do setor de construção e ele por investir no setor de construção.

Apesar de estamos em  um ambiente virtual  nutri muita estima pela pessoa dele. Quando ele estava pensando em largar o emprego e chutar o pau da barraca, eu o  aconselhei a não assumir mais responsabilidade e tocar tudo em banho e Maria que sua IF estaria garantida, principalmente pela sua elevada capacidade financeira.  Este acontecimento já faz  pelo menos um ano desde que ele tomou a decisão de seguir tocando tudo em banho Maria no projeto IF. Também debatemos extensamente sobre a qualidade dos fundos imobiliários e chegamos uma conclusão parecida. Existe fundos de primeiro linha segundo ele Classe A, segunda linha classe B e terceira linha classe c.

Recentemente  recomendei o livro Faça fortunas com ações do falecido Décio bazin. O VDC ficou muito feliz ao ler este livro pois corroborava muita das nossas visões como investidores.

Aprendi muita com ele: Aprendi  a como perseverar e como fazer o jogo política das grandes empresas. A ter uma perseverança e uma gana pelos aportes. Eu sempre dava risada quando ele falava que  tinha contas para pagar e estava aportando com cheque especial.

Sendo sincero não é porque ele veio falecer , mas considerava o VDC como um amigo pessoal embora nunca o tenha conhecido pessoalmente. Sempre tive uma visão de uma  pessoa espirituosa com objetivos claros e delineados e que não tem medo de por em prática o que pensa.

A tristeza ao saber da noticia foi grande, tanto que passei a tarde inteira pensando nisso. Eu simplesmente não consigo parar de pensar no VDC.

Recentemente ele conseguiu seu tão almejado objetivo ver aqui:
http://www.viverdeconstrucao.com/2018/06/acabou-junho-2018-o-mes-que-atingi.html
Apesar de não ter comentado sua vitória até então . Eu fiquei muito feliz por ele porque tivemos um conversa sobre um fundo a qual invisto para aposentadoria. E ele disse que entraria pesado.
Conferir aqui:
http://mestredosdividendos.blogspot.com/2018/03/um-agradecimento-todos-aqueles-que-de.html#comment-form


E aqui:
http://mestredosdividendos.blogspot.com/2018/05/quebrando-banca-como-estou-ganhando.html#comment-form


Fuçando hoje postagens antigas encontrei a primeira postagem do VDC. Quando VDC ainda estava fazendo seu blog . Ele comentou comentava no meu blog com o nick Vamonos.


Veja o que VDC disse na época:
Depois que investi em FII não devo voltar tão cedo as ações... Prefiro riscos menores, e os FII em fim tem me proporcionado o sossego que mereço! Abraço VDC -  viver de construção



Considerações finais: Se pudesse voltar ao tempo eu apertaria mão pessoalmente deste cara  sem pestanejar.

A minha homenagem ao VDC:

Vladimir Horowitz 1962 Chopin Piano Sonata No. 2 in B-flat minor

 

 

                                                     Aqui repousa um grande investidor.



quinta-feira, 19 de julho de 2018

MFII ou Ponzi FII

  1. Antes de chutar cachorro morto gostaria de saliente minha enorme descrença pelo setor de incorporação e sua contabilidade criativa. E isso não vem de hoje, alias nunca escrevi sobre este tema porque criaria polêmicas e paixões na blogosfera. Logo seria desnecessário expor minha opinião sobre o tema. Porém quem me conhece mais tempo sabe que nunca investi em MFII e nenhum outro fundo de desenvolvimento imobiliario.


Por quais motivos?

  1. - Estrutura de SPE confusas
  2. - Dinheiro investido em projetos a qual não se tem acesso ao detalhes de receitas , fluxo de caixa e demais variáveis.
  3. - Avaliação de imóveis um tanto quanto duvidosa.
  4. - Não tem como verificar o fluxo de caixa real das SPE e nunca teve. Investir em MFII sempre foi um ato de fé.
  5. Sempre foi fato consumado que o pessoal comprava este fundo por causa do elevado yield.
  6. - Risco inerentes ao mercado de incorporação ( Atrasos, distratos, quebras de orçamento)
  7. Frequentes emissões, ( Isso levantou a pulga atrás da orelha ). Em entrevista recente o próprio gestor admitiu uso de taxa ingresso. Algo similar antigos fundo com RMG garantida.
Embora não tenha debatido sobre este  fundo na blogosfera diretamente.  O fiz em demais fóruns do segmento, consequentemente  cheguei a conclusão nada animadoras ainda no inicio do ano passado.
Que fique a lição para os investidores: Se  algo paga muito é porque tem risco embutido. E nunca invista em algo com contabilidade confusa . A contabilidade do MFII esta igual   estatísticas do governo e de órgão governamentais que mudam as regras de acordo com a conveniência política.



O mais surpreendente foi que  estava escrevendo dois artigos sobre fraudes no mercado financeiro, imobiliario e bancário que mostravam para não confiar cegamente em balanços e auditorias.

Para os iniciantes na arte dos balanços vou recomendar um livro um tanto antigo , mas que contém lições atemporais sobre estatísticas e matemática financeira.

Resenha do livro abaixo do livro: Como mentir com estatísticas.
Quando foi publicado pela primeira vez, em 1954, o livro de Darrell Huff foi saudado como pioneiro em conjugar linguagem simples e ilustrações para tratar de um tema polêmico e controverso: o mau uso da estatística para maquiar dados e abalizar opiniões. Hoje, em tempos de internet e big data, o livro continua genuinamente subversivo e ainda mais relevante. Qual é, afinal, o grau de confiança que devemos depositar nas análises estatísticas?
Segundo Huff, vale ter sempre um pé atrás. Amostras enviesadas, gráficos dúbios, listagens incompletas: item por item o autor apresenta os vilões da interpretação de dados. Em um capítulo, ele aponta como os gráficos estatísticos, mesmo matematicamente corretos, podem não representar em nada a realidade. Em outro, vemos que uma mesma projeção pode mostrar um futuro positivo ou alarmante, dependendo da amplitude de dados que ela cobre. O livro termina com um brilhante passo a passo para o leitor aprender a diferenciar informação de enrolação.
Escrito com humor e repleto de advertências tão atemporais quanto a ciência matemática, Como mentir com estatística é uma leitura agradável e absolutamente acessível. Indispensável para quem se vê bombardeado diariamente, seja pela mídia ou pela timeline do Facebook, por infográficos e estatísticas que se pretendem verdades incontestáveis.
A nova edição, capa dura, mantém as ilustrações originais criadas por Irving Geis para a primeira edição americana do livro.
Leitura de cabeceira de toda uma geração formada em ciências exatas, Como mentir com estatística foi publicado no Brasil pela última vez na década de 1990.
Só nos Estados Unidos, o livro já vendeu mais de 1,5 milhão de exemplares.

Estou um tanto sem tempo , mas nunca longe o suficiente do mercado.

Abraço

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Artigos da semana sobre divída pública e déficit fiscal.

Alexandre Schwartsman conhecido como Alex carecão.

Fiscal.

http://maovisivel.blogspot.com/2018/07/quousque-tandem.html

Thiago Fonseca: é graduado em administração pela FGV-SP e é empreendedor do ramo de eletroeletrônicos.

Quanto realmente o Brasil gasta com a rolagem da  dívida pública.

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2916




A elite reptiliana é dona da dívida pública brasileira?

Conferir site do tesouro direto com os maiores credores do Brasil.
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/por-dentro-das-contas-da-divida


Relatório mensal da dívida pública.
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/665870/Texto_RMD_Mai_18.pdf/2436aa13-6287-4425-b158-54bd09f6a9ae





Detentores da divida pública.





Onde realmente buscar dados sobre situação fiscal brasileira, carga tributária demais temas recorrentes nos embates da blogosfera?
https://www12.senado.leg.br/ifi/publicacoes-ifi



Relatório de Acompanhamento Fiscal
O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) atende aos objetivos dispostos na Resolução do Senado Federal nº 42, de 2016. O RAF traz, mensalmente, avaliações conjunturais e atualizações para os cenários base, otimista e pessimista. Esses cenários são simulados pela IFI com base em pressupostos para os parâmetros orçamentários, como PIB, inflação e taxa de juros. Como resultado, são apresentadas trajetórias para os indicadores fiscais, como o resultado primário e a dívida bruta. O RAF contém, ainda, Tópicos Especiais (TEs), que traduzem a visão da instituição sobre um tema específico, muitas vezes precedendo a publicação de um estudo mais aprofundado, que chamamos de Estudo Especial (EE).


Realidade contábil vs realidade política.
https://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/7513427/pauta-bomba-100-congresso-prova-brasil-que-ruim-pode-piorar


O festival de mamata assola o país.

https://g1.globo.com/google/amp/g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/2018/07/12/o-festival-da-mamata-assola-o-pais.ghtml

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A era do endividamento.


Um nível de endividamento jamais visto desde a Segunda Guerra Mundial ameaça inocular o veneno da próxima crise.Você e eu estamos sentados em uma montanha de dívida pública e privada. A cota para cada habitante do planeta é de 21.866 euros, ou 95.554 reais. Uma bola de neve gigantesca e voraz. A fatura total chega a 164 trilhões de dólares (608 trilhões de reais), quantia equivalente a 225% do PIB mundial. Viver a crédito foi a saída natural da crise financeira. Os empréstimos permitiram cobrir os desequilíbrios das contas públicas e reanimar o crescimento. Mas convém não ultrapassar determinadas linhas vermelhas. Um nível de endividamento jamais visto desde a Segunda Guerra Mundial é uma bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento. Argentina e Itália são dois exemplos recentes de como ressuscitam facilmente os fantasmas mal enterrados.
A bolha chega, além disso, em um momento muito delicado. A Reserva Federal dos EUA começou a reduzir seu saldo − já não compra títulos públicos e amortiza os que tem no vencimento −, medida que vem acompanhada por aumentos das taxas de juros. O Banco Central Europeu (BCE) continua comprando dívida soberana, mas planeja fechar a torneira em setembro e seguir o caminho de seu homólogo americano. O plano traçado pelos dois organismos prevê um endurecimento monetário progressivo e moderado.
Como os problemas nunca vêm sozinhos, à elevada dívida pública é preciso somar a também delicada situação do endividamento privado, que dobrou em uma década e já alcança 120% do PIB mundial. “O endividamento das famílias é um problema principalmente quando é o resultado de um boom no mercado imobiliário”, explica Stefan Hofrichter, economista-chefe da Allianz GI. “Chama a atenção o fato de que o aumento da dívida privada se deva em grande medida à evolução dessa dívida em países pouco afetados pela crise financeira, como Canadá, Suécia, Noruega, Austrália, China, Brasil, Turquia e Índia. Muitos deles são precisamente os que tiveram o maior aumento nos preços da moradia dos últimos dois anos”, acrescenta Hofrichter.
Outro fator-chave na hora de explicar o maior endividamento é a demografia. “Os países desenvolvidos enfrentam o envelhecimento de suas populações. Cada vez há mais aposentados do que pessoas ativas, e isso significa menores receitas fiscais. Quando um governo arrecada menos, mas seus compromissos de gastos são maiores, uma solução fácil para o problema é a emissão de mais dívida”, afirma Christopher Gannatti, diretor de análise da WisdomTree. Nesse sentido, a proporção da dívida em relação ao PIB é consideravelmente mais alta quando se incluem os compromissos de gastos com aposentadorias e saúde. Nesse caso, o endividamento médio nos países avançados quase dobra, chegando a 204% do PIB, e nos emergentes ele dispara para 120%.
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/08/economia/1528478931_493457.html

https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2018/04/18/divida-bate-recordes-e-ameaca-a-economia-mundial-alerta-o-fmi.htm




Deixe sua opinião abaixo sobre este tema importante para os investimentos nacionais e internacionais.


Washington, 18 Abr 2018 (AFP) - O endividamento atinge recordes, puxado pela China. e supera amplamente os níveis de 2009, pouco depois da quebra do banco Lehman Brothers, o que representa um risco para a economia mundial, adverte... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2018/04/18/divida-bate-recordes-e-ameaca-a-economia-mundial-alerta-o-fmi.htm?cmpid=copiaecola
Washington, 18 Abr 2018 (AFP) - O endividamento atinge recordes, puxado pela China. e supera amplamente os níveis de 2009, pouco depois da quebra do banco Lehman Brothers, o que representa um risco para a economia mundial, adverte... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2018/04/18/divida-bate-recordes-e-ameaca-a-economia-mundial-alerta-o-fmi.htm?cmpid=copiaecola

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Três gráficos aterradores.



Economia excessivamente lastreada em consumo leva a crises cada vez maiores.



O estoque de capital não é alocado em  ativos , mas sim em passivos.

Formação bruta de capital fixo
Esse indicador de nome extenso e complicado mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens. São basicamente máquinas, equipamentos e material de construção. Ele é importante porque indica se a capacidade de produção do país está crescendo e também se os empresários estão confiantes no futuro.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é calculada trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os profetas do apocalipse mais uma vez estavam certos:
Eleição? Não muito obrigado! falar qualquer besteira para massa acreditar é fácil, difícil é conseguir  enfrentar questões as quais  estão enraizadas na cultura popular durante décadas.

Não vejo nada disso mudando a médio prazo e você?

http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/7488837/fazenda-alerta-candidatos-sobre-real-situacao-fiscal-brasil



sexta-feira, 1 de junho de 2018

Eletropaulo Bate 44 reais " O drama do pobretão"




  Investidor que circunda meio da blogosfera há pelo menos 5 anos lembra de uma figura caricata do blogueiro pobretão.  O falecido pobretão investiu uma boa grana na  Eletropaulo durante 4 anos, dizia ele que venderia Eletropaulo quanto esta atingisse  faixa dos 40 reais. Pois bem,   meados de 2015 pobretão vendeu aproximadamente 330 mil reais em ELPL na faixa dos dos 13 , 14 reais saindo com um baita prejuizo se contabilizarmos elevado custo oportunidade dos 4 anos que passou investindo em ELPL4 e  pegando a  faca caindo.

    Fazendo  uma conta de padeiro  dividindo volume de recursos do pobretão na época cheguei ao numero de  aproximadamente 23 mil ações da ELPL4. OBS: Ações ELP4 posteriormente se converteram em  ELPL3. Pois bem eis que 3 anos após pobretão vender suas ações a porra disparou.

 Na época segundo ele ao vender estas ações acima de 40  ficaria satisfeito e totalmente livre do  regime CLT.

Eis que  três anos depois Eletropaulo  esta prestes a ser vendida para empresa Italiana ENEL que deu um lance incrível de 45 reais por suas ações. OBS: No pregão de hoje a empresa chegou ser negociada acima dos 44 reais.

https://exame.abril.com.br/videos/direto-da-bolsa/enel-faz-proposta-arrebatadora-e-eletropaulo-dispara-28-na-bolsa/


O CDI no período foi de 38,98%
As ações valorizaram até o momento 214 %
O número de ações : 23.000 x 45 = 1.035.000

                                            Ultima divulgação do patrimônio do pobretão.

Lição de mercado:  Manter ações nos piores momento é imprescindível para estratégia, principalmente quando psicológico aperta. Temos que reconhecer que isso é coisa para poucos guerreiros.

Pobretão deu  all in na ELPL4 na época, e ao  não manter ações neste meio tempo o  fez perder  número mágico de 1 milhão, que somado aos aportes destes três anos lhe garantiriam uma somatória de 1.5 milhões de reais.


Agosto de 2016 data da sua saída da blogosfera Pobretão tinha exatos 429 mil reais , bastaria um poucos mais de 1 ano e meio depois para mais que dobrar este valor.





quarta-feira, 30 de maio de 2018

Quebrando a Banca 2 ( Como estou ganhando dinheiro com o mercado em queda )









APÓS O BOOM , O CRASH . PREVISÍVEL COMO A LUA
(Transcrito de BALANÇO FINANCEIRO, dezembro de 1987)

   Quando nosso mercado acionário desmoronou em junho de 1971, um especulador que não sabia operar com a Bolsa em baixa disse-me que iria cair fora dos pregões e que só voltaria quinze anos depois. 
    Ele tinha desenvolvido uma teoria de ciclos da Bolsa e pelos seus cálculos o mercado somente voltaria a melhorar em 1986. Porque então ficar correndo riscos, se o seu dinheiro poderia ficar bem abrigado em títulos de renda fixa? 
    Segundo a teoria, os booms começam quando malucos irresponsáveis, que nunca passaram sequer pelo calçadão da Bolsa de Valores, e que em determinado momento possuem mais dinheiro do que merecem e do que têm capacidade de administrar, desembestam ao mesmo tempo no mercado acionário, atraídos por boatos de que lá muita gente está fazendo ou aumentando fortunas. 
    Boom é prenúncio de crash . A massa de dinheiro irresponsável que entra no mercado é tão grande que as cotações sobem a níveis incontroláveis e atingem patamares que os profissionais logo reconhecem como sendo irreais. 
   Para os verdadeiros profissionais, é tempo de colheita. Eles embolsam os seus lucros e se retiram para uma distância prudente, deixando o campo aberto para a turba predatória. E a Bolsa vira pandemônio. 
  Estabelecido o caos, a autoridade intervém e a algazarra termina, com grande frustração dos participantes. Eles então caem na realidade, recolhem o que podem salvar e vão para casa envergonhados. 
   O normal é ficarem tão traumatizados que durante muito tempo não quererão nem ouvir falar de Bolsa nem de qualquer outra modalidade de jogatina.
   Mas a vida passa, e eis que um dia, quinze anos depois, muitas dessas pessoas estão com as vidas e as fortunas refeitas.
   Quinze anos também é tempo suficiente para surgir nova geração de indivíduos mais refinados e mais capacitados para ganhar dinheiro do que os da geração anterior. E mais ousados e ambiciosos. 
   A massa de dinheiro que esse pessoal acumulou está pronta para desembocar na Bolsa de uma só vez, e causar mais um boom , que naturalmente traz o germe de novo crash . Tão previsível como as fases da lua. 
    Embora a teoria tivesse lógica, a marcação da data parecia pura adivinhação, por isso não levei o assunto a sério. Mas, por coincidência ou por qualquer outro motivo, a teoria funcionou com a exatidão prevista. 
    Quinze anos depois da previsão – em junho de 1986 –, quando a Bolsa despencou após dois meses de altas estapafúrdias provocadas pelo Plano Cruzado, aquele mesmo especulador telefonou-me para dizer:

– Eu não falei?
   Ele estava tão eufórico quanto o cientista que vê sua teoria comprovada pelos fatos. Atuando ativamente no mercado de opções, arriscou toda a sua fortuna e multiplicou-a por dez.

   Ele saiu do mercado bem antes de quebra. Nunca vi ninguém com tanta confiança no taco.




DIA DE LEÃO E DIA DE CERVO
(Transcrito de BALANÇO FINANCEIRO, agosto de 1989)
Recente trabalho publicado pela Bolsa de Valores de Nova York revelou que 72% dos Especuladores pessoas físicas perdem dinheiro em Wall Street. Essa notícia faz-me lembrar de pesquisa que realizei há alguns anos, em busca de dados para a GAZETA MERCANTIL . Ao consultar os fichários da corretora de um amigo meu, notei que 70% dos clientes operavam às cegas, como quem atira no escuro. Ao longo do tempo, perdiam feio. Eu já tinha visto algo semelhante no livro THE STOCK EXCHANGE – A SHORT STUDY OF INVESTMENT AND SPECULATION, edição de 1948, da Oxford University Press (London, New York, Toronto), de autoria de Francis W. Hirst. Especuladores aparecem ali como indivíduos desequilibrados, que, por terem monstruosos números fictícios girando na cabeça, acabam perdendo todo contato com a realidade e toda noção do valor do dinheiro na vida prática. A obra menciona pesquisa feita nas contas de 4 mil Especuladores, movimentadas no período de dez anos, e deduz que a especulação com ações tem quatro aspectos.
• É jogatina pura.
• O sucesso leva ao excesso e depois ao desastre.
• A tendência geral é comprar a preços altos e vender a preços baixos.
• Cerca de 80% das contas terminam em prejuízos.

Minha própria experiência ensina que nas operações especulativas ninguém sai incólume, pequenos ou grandes. Especificamente, os grandes Especuladores podem não perder com muita frequência, mas a eles se aplica aquela doutrina de que “quanto maior, maior o tombo”. Eu acreditava que os grandes Especuladores fossem ganhadores perpétuos até o dia em que, há cinco anos, entrevistei Ricardo Thompson, dono da Corretora Progresso – a mesma que em junho deste ano foi à falência por excesso de especulação com número reduzido de clientes. O principal cliente era Naji Nahas, o mega especulador que agora deu um mega estouro na praça. Naquele dia, a jornada tinha sido ruim. As operações de day-trade deram com os burros n’água. Thompson fez um trocadilho engraçado com as palavras day e gay , mencionando o leão que teve o seu dia de cervo, e depois mostrou-me as cifras dos prejuízos que seriam rateados entre os perdedores. Eram cifras altas, de deixar em pé os cabelos dos homens comuns como eu. Eles, os super endinheirados, não se importavam e até faziam piadas.




QUEM FAZ A TENDÊNCIA DOS PREÇOS?
(Transcrito de BALANÇO FINANCEIRO, março de 1985)
  Para o leigo um gráfico não passa de um agrupamento de linhas que sobem ou descem,aparentemente sem nenhuma lógica. Mas um especialista em Análise Técnica, como se estivesse munido de óculos especiais, examinará o desenho e distinguirá figuras como leques, flâmulas, bandeiras, triângulos, cabeças, ombros e, ocasionalmente, poderá ver até mesmo um diamante multifacetado.Nenhum técnico olharia para certas formações sem se alvoroçar, pois estaria detectando baixa vertical iminente nas cotações.De umas linhas que não despertariam nos mortais comuns o menor interesse, o técnico extrairá esta conclusão alarmante: – A reta suporte de longo prazo não foi superada, e abaixo da reta do pescoço teremos uma queda que fará o preço parar na
mesma distância que vai da linha do pescoço ao topo da cabeça.

O mesmo analista irá então telefonar para seus clientes, e, se todos acreditarem nele, os preços realmente cairão de forma vertical.Pode imaginar que, se um exército de analistas agir de acordo com a teoria, os preços comportar-se-ão exatamente como foi estabelecido. Não se deve, portanto, menosprezar o poderio de uma horda de analistas que tenham aprendido pela mesma cartilha.

Os defensores da análise gráfica garantem que esse receio não tem fundamento, porque os analistas não têm a capacidade de criar as tendências, mas de detectá-las. Essa é prerrogativa da massa de Investidores, ou seja, a multidão irracional, explicam. De fato, a psicologia ensina que a multidão age como se fosse uma só pessoa, nivelando-se por baixo.

Seguindo esse princípio, dizem os grafistas que, uma vez que é a multidão que faz os preços, será perda de tempo procurar saber por que um papel se comportou de tal ou qual modo, ou por que atingiu determinada cotação. Segundo eles, tudo o que existe a respeito de uma ação já está refletido no preço de negociação, que é a média das opiniões de todos os participantes no Mercado.

Ao Investidor que entra no jogo não compete questionar se um papel está caro ou barato. A decisão quanto ao preço já foi tomada pelo Mercado; nada pode modificá-la, a não ser que o Mercado decida o contrário.Se o Mercado, isto é, se a média de todos os participantes não achar que o papel está barato, então o papel não sairá do lugar,por maior que seja seu valor intrínseco, por melhores que sejam as perspectivas da empresa e por maior que seja sua rentabilidade.

Diz ainda a tese que o comportamento dos preços no mercado acionário é um reflexo do comportamento das pessoas. E as pessoas, como qualquer ser vivente da mesma espécie na natureza, comportam-se de acordo com padrões que quase não variam de indivíduo para indivíduo, a não ser por exceção. A função dos gráficos, pois, é captar esses padrões.

O registro das cotações numa folha de papel, para determinar tendências, só existe oficialmente há algumas décadas, mas a noção de que o passado influencia o presente sempre existiu nas mentes das pessoas. Aquele comerciante romano que especulava com trigo tinha gravado na memória o fato de que em determinada época do ano era melhor reter a mercadoria para vendê-la mais caro quando houvesse escassez.

O mercado também sabia que os preços variavam de acordo com determinados padrões, de modo que ele sempre sabia definir com razoável grau de precisão as próximas perspectivas do mercado.

Sem ter nenhuma noção teórica de matemática, o comerciante romano praticava empiricamente as leis da Estatística, a Lei das Probabilidades e a Psicologia da Multidão. Tudo isso fervilhava na sua cabeça, sem jamais ter sido registrado no papel. Eram gráficos mentais.

Agora, 2 mil anos depois, há ainda quem faça gráficos mentais, de forma também inconsciente. Aquele pequeno Especulador que usa o “filtro de 10%” certamente sorrirá com desdém se lhe dissermos que ele fez um gráfico mental.

A teoria do filtro é a seguinte: – Se uma ação sobe 10% depois de uma parada, compre-a e espere até que ela suba mais; se depois de uma grande esticada cair 10%, venda-a e comece tudo de novo. Certamente há um gráfico mental envolvido nessa estratégia. O esquema de interpretação dos gráficos modernos baseia-se no rompimento de linhas de tendência de alta ou de baixa. Esse rompimento é anunciado com antecedência por certas formações peculiares que um olho experimentado reconhece de imediato. São, todavia, apenas sinais, que não devem ser tomados como previsão infalível. Milhares de observações comprovaram que, quando ocorrem esses sinais, na maior parte das vezes, estatisticamente, há uma alteração nos preços para baixo ou para cima. Ou seja, com determinados padrões – na maioria das vezes.


                                                                  Jogada de mestre

                                              
               
                                                                      


      
                                                            
                                                                                                                                                                                                                                      
Conclusão: Ao analisar que as ações estavam descoladas da taxa mínima de atratividade vendi boa parte das ações de consumo , bancos  e afins. Após passar alguns meses fazendo uma extensiva analise do ambiente macro, juros futuros, cambio e balanços constatei que existia uma maior probabilidade deste ativos virem serem penalizados pelo mercado, principalmente por  seus lucros presumidos estarem excessivamente  precificados por modelos de fluxo de caixa descontado. Adiante constatei que o cambio estava muito descolado dos fundamentos macros. Então resolvi montar uma posição para me beneficiar  deste descolamento de preços reforçando posição em empresas de commodities precificadas em dolár. Na outra ponta comprei fundo imobiliários em promoção visando conter volatilidade da carteira. OBS: Minha carteira  chegou a ser quase 70% ações hoje cenário inverteu bastante , estou com 60% FII e 40% ações


A minha jogada foi apostar em  empresas dolarizadas e vender o que estava ao meu ver excessivamente  precificado na época; neste meio tempo fui substituindo ativos de maior risco por ativos de menor risco que apresentassem uma maior margem de segurança dentro de meus modelos operacionais, ( Não custa lembrar que  vendi estes ativos unicamente não só por estarem excessivamente precificados , mas  por constatar que alguns balanços estavam ao meu ver maquiados para inflar  lucros artificialmente. ( Fundamentos).


Para quem me acompanha já faz algum tempo percebeu minha insatisfações com os preços praticados no Brasil. Atribui unicamente  este descolamento a excessiva liquidez global . Quando este cenário foste para ponta contrária   mercados  emergentes sofreriam pesadas baixas.


Apostei também contra o governo: Não via sentindo no cenário fiscal tupiniquim aonde 80% dos ajuste já havia sido sabotado antes mesmo de ir para votação.  Nesta época constatei que havia algo de podre no mercado, e que este risco eminente não estava nos preços, então fui gradativamente vendendo posições mais arriscadas  jogando todo lucro para empresas defensivas dolarizadas.


Ainda quando meu blog estava na ativa  já havia vendido todas empresas cíclicas, sobrando apenas empresas de varejo e setor bancário.

Os fundos imobiliários na minha carteira além de promoverem renda mensal tem o papel de amortizar volatilidade, uma vez que a  volatilidade histórica dos fundos é um terço do mercado acionário.

Resumo de tudo isso acima:

Rentabilidade no mês:
Carteira: 10,58%
IBOVE: -10,87%